José Pedro

automotive engineering

Como carrego o meu EV

Como carrego o meu EV

No que diz respeito ao carregamento das baterias de carros elétricos e plugin, há sempre muitas opiniões diferentes. Carregar ou não até 100%? Só carregar quando a bateria está abaixo de 20%? E muitas outras “discussões” que vou lendo por aí… Por isso, partilho a minha experiência enquanto utilizador de um híbrido plugin, e técnico de EV’s desde 2011.

Para contextualizar, a bateria HV do meu BMW 330e é composta por 96 células, agrupadas em 6 módulos. A bateria é refrigerada ativamente pelo ar condicionado. Ou seja, embora plugin, a tecnologia é idêntica aos EV’s puros. O carro tem atualmente 3 anos e meio, e cerca de 70.000km. A autonomia elétrica varia entre os 45 e os 60km, dependendo do tipo de utilização.

Em primeiro lugar, carrego 98% das vezes em casa. Instalei um wallbox (por motivos de praticidade) e configurei-o para uma corrente máxima de 8A. Ainda mais lento do que os 10A da tomada doméstica. E porquê? Porque aproveito totalmente o horário de vazio, para carregar com a menor corrente possível. São cerca de 7h para carregar os 10kWh úteis desta bateria.

Depois, carrego todos os dias! Mesmo que chegue ao final do dia com 10km percorridos, e tenha autonomia para o dia seguinte, meto à carga.

Quando preciso carregar na empresa, configuro para carregar em 4h (o tempo necessário para uma manhã ou tarde de trabalho). E é aqui que esta bateria sofre a maior corrente de carga: cerca de 12A.

Nunca limito a carga a 80% (fazes isso com o telemóvel que também utiliza uma bateria de lítio?). Farei um post técnico mais à frente, a explicar o porquê de carregar até 100%. 

Conclusão: a bateria do meu carro está balanceada à milésima. Ou seja, a diferença entre a célula que tem mais tensão e a célula mais fraca é inferior a 1mV. Este é um parâmetro técnico que utilizamos para confirmar o estado de uma bateria de alta tensão. Quanto menor, melhor. 

E tu? Como carregas a bateria do teu elétrico?