Nas últimas semanas encontrei vários anúncios de oferta de emprego para rececionista de oficina auto. Com frequência, alguns colegas de profissão também comentam comigo acerca da dificuldade de encontrar estes profissionias. Por isso, resolvi escrever sobre o tema.

As oficinas auto começaram a perceber, há meia dúzia de anos atrás (claro que algumas já o viam há muito mais tempo…) a necessidade de ter uma figura de rececionista, assessor de serviço, ou lá o que lhe queiram chamar. Perceberam que o habitual técnico/patrão/gestor/administrativo/rececionista não funciona nos dias de hoje. E começaram a procura ativa por estes profissionais. Mas o grande problema é encontrá-los! 

Percebendo a necessidade do mercado, a Car Academy criou um curso base de receção e planeamento de oficina. A expetativa era grande, dada a falta de profissionais nesta área. No entanto, o ritmo de inscrições continua abaixo do que é normal, quando comparado com outro tipo de cursos.

Por isso pergunto: onde andam os rececionistas, ou candidatos a rececionistas de oficina? Aquela que é uma profissão desafiante, de contacto com o público, que estimula as capacidades comerciais, não tem candidatos!

Já sei que vão dizer que os ordenados são baixos, que as condições de trabalho são precárias, etc. Mas será assim em todo o lado? Será que todas as oficinas pagam mal? Que os horários não são justos para os colaboradores? Que as condições de trabalho, nomeadamente ferramentas, não são adequadas?

Deixo o meu apelo a todos aqueles que procuram uma profissão com mercado potencial, desafiante e dinâmica. Ponderem candidatar-se a estas vagas oferecidas pelos nossos colegas. Ou então façam algum curso sobre o tema e valorizem-se pessoalmente. O conhecimento será sempre vosso!